Tróia
Cláudio
Moreno
Editora
L&PM
Tróia (um reino distante que
dominava o Helesponto, lá onde termina a Europa e começa a Ásia)
A sorte de Tróia foi selada
no dia em que o mortal Peleu casou com a Divina Tétis, Deusa do Oceano. Dizia
uma profecia que o filho de Tétis superaria seu pai e por este motivo nenhum dos
deuses queria se arriscar numa relação com ela, sendo o casamento desigual
arquitetado pelo próprio Zeus. Todos os Deuses estavam ali reunidos para a
festa, e dessa união nasceria o mais famoso guerreiro “Aquiles”. O anfitrião
era o sábio centauro Quíron, que no futuro se tornaria tutor e grande amigo de
Aquiles. Todos se divertiam nos festejos, até mesmo Ares, senhor da guerra,
contudo uma pessoa havia ficado de fora e seu ressentimento aumentava cada vez
mais a medida que era desprezada pelos demais Deuses. Éris, Deusa da discórdia,
despeitada por ter sido ignorada usou de toda sua sutileza para lançar a discórdia
naquele dia. Escolheu uma das maças de ouro que Hércules havia buscado a mando
do rei Euristeu e nela gravou a pequena e fatal frase “à mais bela”, lançando-a
a seguir próxima de Zeus. Foi o suficiente para semear veneno em todos os
corações femininos. Fosse qual fosse a escolhida, as demais sentiram-se
infelizes. O clima divertido da festa se transformou num tenso momento e a
própria Hera, esposa de Zeus, mal conseguia disfarçar sua perturbação. Além
dela outras duas se destacaram na busca do troféu, Afrodite e Atena e diante de
um trio tão poderoso, nenhuma outra teve coragem de pleitear tal título. Zeus vendo
que estava numa saia justa e não querendo se indispor com nenhuma das três,
selou o destino de Tróia ao deixar a escolha para o jovem e belo troiano Páris,
que vivia como pastor, ignorando que era filho do rei Príamo. Um mensageiro do
Olimpo foi enviado até Páris para lhe dar conhecimento dessa incumbência. Entre
as três Deusas, escolheu Afrodite, que havia lhe oferecido em troca o amor da
mulher mais bela do mundo, Helena, rainha de Esparta. Neste ínterim, como era necessário
para que profecias e destinos se concretizassem, Páris, julgado morto no reino,
acaba sendo reconhecido como filho por seu pai, rei de Tróia, e na primeira
oportunidade, Páris viaja até Esparta para obter o prêmio prometido por
Afrodite. Gozando da hospitalidade de Menelau, marido de Helena, ele fica
hospedado em sua casa, e aproveitando-se da inesperada e necessária ausência de
seu oponente, rapta Helena, que já estava apaixonada por ele, dando
oportunidade aos dois de darem vazão ao desejo que os consumia a dias. Afrodite
está ao lado deles, porém as preteridas Hera e Atena, viam a oportunidade de
lançar todo seu ódio sobre Páris. Ao saber que sua mulher fora levada embora,
Menelau se vale de uma promessa feita a muito tempo, quando de sua escolha como
futuro marido de Helena, em que várias pretendentes dela juraram solenemente
que ajudariam aquele que fosse o escolhido a defender-se de qualquer rival que
viesse a ameaçar seu matrimônio, devendo estar prontos a qualquer tempo para
correr em seu auxílio. Assim os Gregos que antes brigavam entre si, se unem com
este objetivo, alguns atraídos pelo juramento e outros pelo legendário tesouro
de Tróia. Mais de mil navios rumaram para Tróia, selando assim o seu destino.
Outros Deuses tomam partido nesta guerra, mas a queda de Tróia era inevitável.
O Romance de uma guerra
Quem já não ouviu falar da
famosa Ilíada de Homero?
Vamos recapitular algumas
informações para nos situar no contexto que originou a história de nosso
Romance. Homero – poeta épico da Grécia antiga, a quem se atribui a autoria da
Ilíada e Odisseia. Eu digo “se atribuiu”, porque não existe concordância entre
os historiadores se de fato ele foi uma pessoa que existiu historicamente, ou
se foi um personagem criado pelos gregos, como a personificação coletiva da
memória grega. Mas enfim, o que ninguém poderá negar é que os gregos eram
inventivos, criativos e de um senso artístico incomuns, tanto que influenciaram
outros povos e até hoje a civilização moderna se vê influenciada por eles,
mesmo os que ignoram tal fato. A Ilíada cobre alguns dias do último ano da
Guerra de Tróia, e a guerra completa em si é baseada nos textos de poetas e na
pesquisa de historiadores, contudo não existe uma unanimidade sobre todos os
acontecimentos, afinal se trata de Mitologia Grega. Por este motivo existem
variáveis na história de escritor para escritor. Digamos que entre todos os
escritos, existe uma base, onde Helena, a mais bela mulher de Esparta é levada para
Tróia pelo Príncipe Páris, desencadeando a ira do povo grego que se une contra
Tróia, numa guerra que durou dez anos e culminou no incêndio da cidade e
destruição dela. Através de um estratagema de Ulisses, herói grego, Rei de Ítaca,
considerado astuto, foi criado o famoso “Cavalo de Tróia”, ardil usado pelos
gregos para finalmente entrar na cidade de Tróia e dar fim aqueles dez longos anos
de guerra.
Espero que apreciem. Desde
meu primeiro contato com a história de outras civilizações, a mil e
quinhentos anos atrás.... rsrs, eu me senti atraída destacadamente pelos
Egípcios, Gregos e Romanos, devido a riqueza artística de cada um deles, além
de todos os mitos, que hoje vejo claramente como o que são, contos... quimeras.
Abraço
Jade
Nenhum comentário:
Postar um comentário