domingo, 27 de fevereiro de 2011

A Estrada da Noite

Uma lenda do rock pesado, Judas Coyne 54 anos, possui uma coleção particular de objetos grotescos e bizarros, sendo que muitos foram presentes de fãs. Porém, depois de saber através de seu assistente sobre um leilão, no mínimo inusitado,  num ímpeto resolve adquirir através da internet, o fantasma de um homem, que é simbolizado por um paletó antigo que pertenceu ao falecido. Judas que já não faz shows a bastante tempo, vive numa casa de fazenda, retirada e longe do público, junto com sua namorada gótica e dois cães pastores alemães. Passados alguns dias, Judas já nem se lembrava da compra, estava retornando de um passeio com os cães, quando se deparou com um caminhão de entregas, parado na entrada de carros, que trazia um pacote para ele. Quando o abriu, encontrou uma caixa no formato de um coração negro que trazia dentro o paletó. Ele não sabia porque, mas o paletó o havia deixado inquieto. Pôs a caixa na prateleira no fundo de seu closet e decidiu parar de pensar nela. O que de início pensou que fosse apenas mais uma excentricidade de sua parte, passou a ser motivo de apreensão, pois o fantasma realmente acompanhava o paletó, e não apenas se dispunha a aparecer para ele, como também parecia conhece-lo e ter um motivo para estar ali. Judas Coyne, que já era assombrado pelo seu passado, verá que existe muito mais por trás daquela compra e tanto ele como sua namorada, terão que por o pé na estrada antes que a estrada da noite os encontre.

Esse é o romance de estréia de Joe Hill (Joseph Hillstrom King), isto mesmo, filho de Stephen King! Provavelmente, como muitos outros filhos de pessoas famosas, Joseph deve ter usado esse cognome para não ter a aquela expectativa dos fãs e da crítica, comparando seu trabalho com o do pai. Na Wikipédia, é dito que seu nome foi escolhido como uma forma de homenagem ao anarquista sueco Joe Hill.

Gostei bastante do livro e achei que daria um ótimo filme e pelo visto não fui a única a pensar assim, pois li por aí que existe o projeto. Vamos aguardar e ver no que vai dar!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Retrato de Dorian Gray

Nem sei porque não tinha lido ainda!
Este foi o único romance escrito por Oscar Wilde e foi motivo de descontentamento entre os falsos moralistas da época. Um livro interessante e envolvente, que exerce um certo fascínio, desde que o li me pego pensado e falando nele,  quase sem querer. A leitura não é tão fácil, pois foi publicado em 1890, mas vale a pena conferir. O autor britânico, Oscar Wilde, expressa muitas opiniões através de seus personagens e expõe muito do comportamento humano. Este livro inspirou várias adaptações cinematográficas, a primeira em 1913 e a última no ano de 2009. A última até o momento não foi lançada no Brasil. Oscar Wilde demonstra muitas vezes um humor ácido, o que certamente contribuiu para gerar um rebuliço na sociedade da época.

O Principal personagem, Dorian Gray, é um jovem rapaz da alta sociedade, que ainda não foi tocado pelas verdades ásperas nem pelos desejos mais sórdidos na busca da felicidade. Sua beleza inspirará o trabalho de Basil Hallward, que além de fazer questão de sua amizade, parece ter captado bem mais do que a beleza de Dorian ao realizar a pintura de seu retrato.  

Durante uma ida ao ateliê de Basil, Dorian conhecerá um amigo do artista, Lord Henry, um homem de personalidade obstinadamente inquisitiva e normalmente mordaz, de quem também se tornará amigo. É a partir da eloquência de Lord Henry, que Dorian passará a ver a vida com outros olhos, percorrendo um caminho por vezes tortuoso. Tamanha é a singularidade do caráter de Dorian, que este se apaixona pela primeira vez, não simplesmente por uma mulher, mas sim pelo talento que uma atriz demonstra ao interpretar os papéis de diversas heroínas no palco do teatro.   E é com grande indiferença, que este a deixa, levando a pobre moça ao suicídio. Com isto sua alma será maculada para sempre e ele se dará conta de que o retrato feito por Basil, foi capaz de captar sua alma, que pagará por todos seus pecados enquanto ele se mantém belo e jovem.

Abaixo  a capa de uma das várias edições do livro e um cartaz antigo de uma das produções cinematográficas.

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde

Ler é exercitar a mente

Mais do que um ato cultural, a leitura serve como instrumento para mantermos o cérebro ativo. Da infância à velhice, o hábito fortalece a memória e dá asas à imaginação.
Quando crianças, esbanjamos criatividade e imaginação. Aguçar essas características, porém, é possível em qualquer fase da vida. Através da leitura desbravamos universos e expandimos nossa cultura. “Nada se cria, tudo se copia. Quanto mais informações variadas a pessoa receber, mais criativa ela será”, aponta Maurer Martins, neurologista do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre. Mas, mais do que isso, a leitura estimula a memória. “A importância desse hábito para o cérebro é comparável à da atividade física para o organismo”, relata Maurer.
Para se manter em forma mentalmente, portanto, é necessária a prática de exercícios. A leitura, por sua vez, é o mais abrangente. Isso porque a variedade de gêneros é imensa e, independentemente do estímulo, o cérebro tenta compreender e armazenar os dados.

Estante Virtual
Todavia, os benefícios da leitura são quase que ignorados se comparados aos da praticidade. Na correria do dia a dia, pouco tempo é destinado exclusivamente ao hábito. Por isso, se desenvolveu o pensamento errôneo de que horas ao computador substituem aquelas passadas com o livros. “Para a leitura ser benéfica ao cérebro, é preciso estar atento.  Internet dificulta a concentração”, atesta Maurer Martins.

Quem quiser conferir esta matéria interessante na íntegra, pode acessar o site da Panvel Farmácias clicando aqui  e entrar na Revista SempreBem edição fevereiro/2011. Hoje ela ainda não está disponível, mas logo estará.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Série Fallen

Lembram do livro Fallen e da capa dele?
 
Pois a modelo e autora da imagem é Fernanda Brussi, uma designer Brasileira!

A capa de Fallen foi uma das que mais me atraiu nos últimos tempos, pois além de linda tem uma textura agradável ao tato, muito bacana o resultado final. Dá vontade de ficar segurando o livro mesmo depois de já ter lido :)

Os outros dois livros dessa série, Tormenta e Passion, também contam com a participação da brasileira nas capas. O segundo volume da série foi lançado agora em fevereiro de 2011 no Brasil e verifiquei que pode ser encontrado nas Livrarias Cultura e Saraiva. O terceiro volume da série não tem previsão de estréia por aqui.

Para quem quiser conferir mais do trabalho da artista, segue o link da sua galeria pública no Deviantart e o site.

http://gilraen-ar-feiniel.deviantart.com/gallery/
http://fernandabrussi.daportfolio.com/



Abaixo segue alguns dos trabalhos dela, incluindo as capas de Tormenta e Passion.

                                             

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Depois da Escuridão

A doce e inocente Grace Brookstein é a socialite mais querida dos Estados Unidos e leva uma vida de rainha com seu marido, o bilionário Lenny Brookstein, um novo rico, dono de um fundo de hedge, o Quorum. Considerado por todos um mago das finanças, Lenny é apelidado de Rei de Wall Street. Depois da realização do Baile de Caridade do Quorum, o casal Brookstein resolve passar a semana na Mansão de praia deles e convidam as pessoas mais próximas. As duas irmãs de Grace, com seus respectivos maridos, e os dois sócios de Lenny assim com suas esposas. O que deveria ter sido um momento de descanso e prazer acabou se tornando num desastre, e era apenas a ponta do iceberg da vida de Grace que começava a desabar. Lenny morre de forma trágica, o que acelera o medo dos grandes e pequenos investidores, que resolvem resgatar seus investimentos no Quorum. Qual não é a surpresa destes quando descobrem que não há o que ser resgatado, o dinheiro sumiu, bilhões de dólares desapareceram do fundo Quorum, provocando a falência de milhares de famílias, muitas delas pobres. Grace de queridinha da América, passa a ser a principal suspeita e num piscar de olhos, tudo vira de ponta cabeça na sua vida. Ela que desde criança nunca havia se preocupado com nada, se vê viúva, sem dinheiro, sem amigos e acusada de fraude. Nem com a família pode contar, pois suas irmãs vêem nela apenas a queridinha do papai que roubou a cena na vida delas. Determinada a provar a inocência de seu marido e a sua, Grace embarca numa jornada que revelará que nada é o que parece e que ela era bem mais forte do que pensava.

Me desculpem os fãs de Sidney Sheldon, o livro é bom, de fácil leitura e envolvente, mas é muito previsível, nas primeiras páginas eu já tinha imaginado uma parte do desfecho. Quando comecei a ler foi como se voltasse no tempo, quando tinha lido alguns livros dele. Naquela época eu gostei mais, hoje depois de tantos outros livros que li, já não me cativou da mesma forma.

Embora leve o nome de Sidney Sheldon, o livro foi total ou parcialmente escrito por Tilly Bagshawe utilizando o estilo do autor que morreu em 2007. Não localizei informações mais precisas sobre qual o tamanho da participação de cada um na obra.

Sidney Sheldon nasceu em 11/02/1917, em Chicago, EUA e faleceu em 30/01/2007, em Los Angeles, EUA.
O autor que virou sinônimo de best seller vendeu 300 milhões de livros em 180 países, traduzidos para 50 idiomas, além de 250 roteiros para televisão, 25 filmes e seis peças para a Broadway. Os seriados de TV "Nancy", "Casal 20" e "Jeannie é um Gênio" levaram a sua assinatura (fonte UOL Biografias)

Porque o Sr. decidiu escrever romances?
Foi um acidente. Escrevi um roteiro que era difícil transformar em filme ou programa de televisão. Era sobre um psiquiatra tentando investigar um crime. Tudo se passa na mente desse psiquiatra e não há como fazer isso sem ser em um livro, onde você pode expor ao leitor o que a personagem está pensando. Foi meu primeiro romance: A Outra Face.

"Nada pode impedi-lo quando você estabelece um objetivo. Ninguém pode impedi-lo, a não ser você mesmo. Eu acredito assim." Este pensamento é de Sidney Sheldon e ao que parece muito disso ele nos transmitiu através dos seus personagens.

Segue abaixo uma lista dos livros escritos pelo Sheldon, os que eu li estão em negrito (caso tenha deixado de citar algum, por favor comentem, pois pesquisei em vários sites e blogs e cada um citava uma lista diferente).

O Plano Perfeito
As Areias do Tempo
A Senhora do Jogo
Se Houver Amanhã
Conte-me Seus Sonhos
O Céu Está Caindo
O Reverso da medalha
Quem tem Medo de Escuro?
Um Estranho no Espelho
A Ira dos Anjos
Nada Dura para Sempre
A Herdeira
Juízo Final
Lembranças da Meia-noite
O Fantasma da Meia-noite
O Plano Perfeito
A Perseguição
O Outro Lado de Mim
Os Doze Mandamentos
Corrida pela Herança
Escrito nas Estrelas
Manhã, Tarde e Noite
O Estrangulador
Um Capricho dos Deuses
A Outra Face
O Ditador
O Outro Lado da Meia-noite
Mestre do Jogo
O Juízo Final
Depois da Escuridão

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A Ordem Negra

A História inicia no final da Segunda Guerra Mundial, quando alemães estão deixando às pressas a cidade-fortaleza de Breslau, na Polônia, enquanto são atacados pela artilharia russa. Nos últimos meses da Segunda Guerra, quando a Alemanha caiu, teve início uma nova guerra entre os Aliados para pilhar a tecnologia dos cientistas nazistas. O Comandante Alemão da SS Jakob Sporrenberg, junto com sua unidade especial de evacuação, caminham por entre a canalização subterrânea de esgoto a fim de fugir dos aliados russos. Junto levam caixotes enormes e uma cientista de sangue misto Mischlinge (parcialmente judia), chamada Tola, que carrega nos braços um bebê que fazia parte de um projeto secreto nazista. No final do túnel, uma embarcação os aguarda para levá-los. Tola, que teve o pai, Hugo Hirszfeld, assassinado assim como todos os demais cientistas envolvidos no projeto, decide se matar e ao bebê, se atirando na água, mas seu extinto de sobrevivência é mais forte e a impulsiona a seguir até um local seguro. Depois que os nazistas se vão, ferida por um tiro, ela consegue reunir o restante de suas forças e ruma até a Catedral local, onde acaba falecendo e deixando o bebê entregue à própria sorte. Daí por diante a história se desenrola dividida em quatro locais. Himalaia, Copenhague na Dinamarca, Zululândia na África do Sul e Washington D.C.

No Himalaia, é solicitado o auxílio da Força Sigma, uma organização do Departamento de Defesa dos E.U.A, para checar a ocorrência de acontecimentos estranhos na região onde fica um mosteiro nas montanhas, perto do Everest. Pessoas estão ficando psicóticas e morrendo misteriosamente. Na falta de médicos locais, um monge pede ajuda para uma jovem médica que se encontra acampada no Everest, e ao chegarem no local, descobrem que a situação é muito mais complicada do que imaginavam.

Em Copenhague, um agente da Força Sigma foi designado para investigar um crescente interesse por parte de organizações terroristas, sobre documentos que pertenceram a cientistas da era vitoriana, entre eles uma Bíblia que fora de Charles Darwin. Na pista dos documentos, o comandante Gray Pierce percorre algumas das livrarias locais deixando por último a que tem a propriedade da Bíblia de Darwin. Apesar de sua experiência de campo, ele não esperava os acontecimentos que se desenrolariam dali por diante.

Na Zululândia um jipe conduzido pelo guarda-caça Khamisi, leva a Dra. Márcia Fairfield até o local onde provavelmente encontrariam um rinoceronte negro, fêmea, que havia morrido durante o parto. Eles precisavam salvar ao menos o filhote desta espécie já tão dizimada pelos caçadores. No local, uma depressão com vegetação densa e água, nas imediações da reserva privada da família Waalenberg, eles encontrarão algo muito fora do normal.

Em Washington, dois agentes da Força Sigma são chamados por Logan Gregory, líder operacional da missão do comandante Pierce em Copenhague, para auxiliar nos acontecimentos recentes.

No desenrolar do livro a história vai se afunilando até todos os personagens se encontrarem em meio aos misteriosos acontecimentos, que remontam a época da Alemanha nazista, quando projetos e experiências científicas criaram algo, que nas palavras do cientista Hugo Hirszfeld era “lindo demais para deixar morrer e monstruoso demais para ser revelado”.

Num estilo que lembra Dan Brown, o livro contém uma dose de história, ocultismo e suspense, que vão se entrelaçando neste thriller envolvente. Também como Dan Brown, o livro toca num assunto delicado e cheio de controvérsias, nossa existência em relação a Deus.

Um pensamento meu
Cada um tem opiniões diferentes, mas eu vejo o seguinte depois de tantas leituras: Existem pessoas obcecadas em arranjar explicações para nossa existência, não se dando conta que não importa como exatamente surgimos, mas sim o que fazemos com nossas vidas e a dos outros, o que inclui o planeta como um todo. Antes de ficarem na eterna dialética sobre temas que não vão mudar nada, as pessoas deveriam realmente ser mais “humanas” e se importar de verdade com os demais seres vivos.


Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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