sábado, 16 de outubro de 2010

Labirinto


Em primeiro lugar recomendo não tirarem conclusões precipitadas, devido ao volume do livro. É uma obra “de peso”, nos dois sentidos da palavra, portanto vale muito a leitura.

A história transcorre na cidade francesa de Carcassonne, paralelamente em duas épocas distintas: Julho de 1209 e de 2005. No passado uma jovem sonhadora de 17 anos, Alaïs, vive no Château Comtal, onde seu pai, Bertand Pelletier, serve ao visconde Trancavel a mais de 18 anos, como administrador intendente. Recém casada e apaixonada pelo seu marido, Alaïs se dedica ao trabalho com ervas e especiarias, as quais aprendeu a manipular para criar emplastos e outros medicamentos. Sua vida tranquila e das outras pessoas em Carcassone será perturbada por rumores de uma guerra iminente. Neste meio tempo, seu pai recebe uma carta de um antigo amigo, a quem não vê a 20 anos, desde as cruzadas em Jerusalém. Pelletier estava sendo chamado a cumprir com seu juramento, protegendo um segredo envolvendo três livros, escritos em hieróglifos e que remontam a centenas de anos. Ele terá que decidir entre sua lealdade com o passado e o presente, e se vê obrigado a compartilhar este segredo com Alaïs.

No presente, Alice Taner é chamada à Carcassonne para receber a herança de uma tia, de quem nunca ouvira falar, e aproveita suas férias para resolver este assunto e dedicar alguns dias trabalhando voluntariamente, em uma escavação arqueológica nos Montes Sabarthès, sudoeste da França, junto com sua melhor amiga. É seu último dia na escavação e ela resolve empenhar todos seus esforços na esperança de encontrar algo memorável. Alice pensa ter visto algo brilhar e segue até próximo de uma rocha, onde um deslocamento de pedras revela a entrada de uma caverna. Ela sabia. Na verdade, eu adivinhei, diz a si mesma. E contrariando as normas resolve entrar sozinha. É mais forte do que ela, é como se algo a estivesse atraindo, como um imã. Ela avança e o ar frio da caverna parece se enroscar por suas pernas e braços. Lá dentro encontrará dois esqueletos e uma verdade a muito tempo perdida.

As vidas destas duas mulheres se cruzarão, em meio a uma rede de inveja, ganância e fanatismo, circulando e se encontrando novamente, como um labirinto.

Meus parabéns à autora, que conseguiu escrever um livro extenso e nem por isto menos instigante.

Kate Mosse é autora de outros dois romances e dois livros de não-ficção (mas até agora nas buscas que fiz pela internet, localizei apenas Labirinto e Sepulcro. Aliás, já estou com este segundo emprestado para ler!). Já foi apresentadora do programa da BBC 4 Readers and Writers Roadshow, e hoje é apresentadora convidada do programa Saturday Review da rádio Radio 4, também da BBC. Co-fundadora e Diretora Honorária do prêmio Orange de Literatura de Ficção, Kate é curadora de Artes e Negócios, Artes e Crianças e do Conselho de Artes do Sudeste da Inglaterra, e membro da Royal Society of Arts. Em 2000, ganhou o prêmio de Realização Feminina da Europa por sua contribuição às artes. Ela mora com a família em West Sussex e em Carcassonne (Cenário do livro Labirinto).

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Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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